CULTURA
Crise na literatura
Livrarias anunciam seus fechamentos, prejudicando até mesmo as editoras
O mundo dos livros passa por dias sombrios. A “Borders”, uma das maiores redes de livrarias dos EUA anunciou, em 18 de julho, que irá fechar suas lojas que ainda restaram, deixando cerca de 10.700 funcionários desempregados. As editoras perdem uma grande vitrine para seus produtos, o que também pode significar mais editores demitidos.Entretanto o problema não é a oferta, escritores ainda rabiscam seus recados. Nem a demanda, editoras norte-americanas registraram crescimento em todas as plataformas em 2010. É apenas que ninguém está gerando dinheiro.
Os negócios precisam de novas ideias. Unbound, um esforço britânico voltado à literatura, é um exemplo disso. Os visitantes do website garantem dinheiro para um livro, que tem escrito apenas uma parte. Se uma quantia suficiente for levantada, o autor pode terminá-lo e quem forneceu dinheiro irá receber uma cópia.
Lançado em maio, a empresa anunciou o primeiro sucesso do site em 18 de julho. Terry Jones já garantiu os fundos para terminar um livro de histórias peculiares. Bonitos volumes editados e e-books serão os próximos passos.
“Nós podemos fazer o negócio dos livros funcionar com um nível muito menor de investimentos”, explica John Mitchinson, que co-fundou a Unbound com Dan Kieran e Pollard Justin. Ele exibe divulgação e trechos de um punhado de escritores estabelecidos. Os visitantes pode desembolsar £ 10 para um e-book, ou até £ 250 para marcar um almoço com o autor.
Mais de 3.000 promessas vieram, com média de £ 30 cada. Os autores enxergam uma nova maneira de alimentar os fãs e ainda ganhar dinheiro, mesmo diante a diminuição dos orçamentos de publicação. Os leitores, aparentemente, gostam de se sentir parte do processo criativo. A maioria dos leitores não irá pagar £ 8,99 por um livro aclamado, mas alguns pagarão £ 50 para um assinado. Em tempos digitais, o toque pessoal pode funcionar.
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