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Paço Imperial: de morada dos nobres a centro cultural

sábado, 25 de junho de 2011

FUJA DO ROTEIRO

Paço Imperial: de morada dos nobres a centro cultural

A história do Paço Imperial está ligada à história do Brasil. Desde sua construção até hoje não houve um momento em que o lugar deixasse de ser importante para o país. Por Emanuelle Bezerra

A história do Paço Imperial está intimamente ligada à história do Brasil. Desde sua construção em 1699, para ser sede da Casa da Moeda, até os dias atuais, quando se tornou um centro cultural vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN do Ministério da Cultura, não houve um momento em que o lugar deixasse de ser importante para a cidade do Rio de Janeiro e para o país.
A restauração do prédio, em 1985, foi orientada para trazer à luz as marcas deixadas pelas diferentes fases históricas e suas sucessivas intervenções. Foi ali também que aconteceram grandes eventos históricos como a aclamação de dois imperadores, D. Pedro I e D. Pedro II, o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822) e a assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, que aboliu a escravatura no Brasil (13 de maio de 1888).
Como centro cultural, tem, além do circuito de exposições, espaços permanentemente abertos a eventos culturais, como: teatro, concertos musicais, seminários, conferências e debates relacionados às temáticas das exposições realizadas.
O Paço Imperial tornou-se referência no panorama cultural do Rio de Janeiro e inaugurou um novo ciclo na Praça XV e suas imediações, onde foram surgindo outros centros multiculturais que atraem um público de cerca de três milhões de pessoas por ano em programações que envolvem desde grandes exposições de arte nacionais e internacionais, eventos musicais e literários, peças de teatro, espetáculos de dança, filmes, cursos e seminários.
Praça XV
Praça XV
Além da Casa da Moeda também funcionava ali o Armazém Del Rey, onde eram guardadas armas e munições reais. Mais tarde, como Palácio dos Vice-Reis, foi usado como cocheira para cavalos e carruagens. Mais tarde o prédio que viria a ser o Paço Imperial foi ocupado pelo Governador Gomes Freire de Andrade, o Conde de Bobadela. Para isso, foram acrescentados dois pisos e vários pátios por onde se fazia a circulação. Em pouco tempo o prédio converteu-se em centro da política regional, bem como do comércio. Até 1808, a Casa da Moeda e o Real Armazém continuaram a funcionar no andar térreo.
Com a transferência da sede do Governo Geral de Salvador, Bahia, para o Rio de Janeiro, o prédio ficou conhecido como Palácio dos Vice-Reis. Nesse período, várias obras e intervenções foram realizadas no Largo do Paço, como a construção do cais de cantaria lavrada com escadas para o mar e a instalação do chafariz que abasteceria os navios e as moradias no entorno, obra do Mestre Valentim que permanece até hoje na Praça XV. Mas foi a partir de 1808, quando a família real veio para o Brasil com a ameaça de Napoleão Bonaparte de invadir Portugal que o Paço passou a ser elemento relevante no contexto do poder estabelecido, pois se tornou a residência de D. João e toda a corte.
Sede Casa da Moeda
Casa da Moeda
Apesar das reformas para receber a Corte, o palácio ainda era considerado desconfortável para a Família Real, que se transferiu para a Quinta da Boa Vista. O Paço permaneceu como sede do governo. Com a declaração da independência do Brasil, o Paço Real transformou-se em Paço Imperial. O Paço Imperial, de 1822 a 1890, foi palco de todos os eventos políticos, religiosos, econômicos e o local de onde se governava o país. Manteve sua importância na cidade, pela nobreza e imponência de sua arquitetura.
Maquete da Residência Real
É possível ver, por meio das maquetes, todas as mudanças sofridas no prédio em 300 anos
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